A Adolescência
Foi mais complicado ainda a minha adolescência, pois eu já sabia que eu era um Homossexual, todos na escola a qual eu estudava também já sabia, somente meus pais não enxergavam ou fingiam não enxergar a realidade.
Eu me achava um adolescente Especial, esperto como é natural na adolescência, eu via os outros adolescentes namorarem queria também, mas como? Naquela época você ter uma opção sexual diferente era o fim do mundo, era uma verdadeira vergonha, eu acabava não me sentindo bem junto com outros adolescentes, pois todos tiravam sarro de mim, era como se eu fosse um E.Talgo do outro mundo, até que resolvi aos Quatorze anos de |Idade resolvi que não queria mais estudar mesmo sabendo eu que no futuro iria se arrepender, mas não agüentava ser a comédia da escola.
Quando falei para meus pais que não iria mais estudar eles ficaram bravos e não entendiam o porquê dessa minha decisão, só eu sabia e eles me falaram se você não quer estudar vai ter que trabalhar, fui trabalhar em uma fazenda colhendo laranja, foi aí que minha sexualidade se aflorou, comecei a ficar realmente com pessoas do mesmo sexo. Até que chegou o carnaval, eu peguei uma roupa de mulher escondida da minha irmã e fui brincar o carnaval no centro da cidade junto com outras pessoas iguais a mim.
Começaria aí a minha luta, eu pulando carnaval nunca me esquecerei, enquanto eu brincava virei para traz e vi o meu irmão e todos os garotos da rua nessa hora que eles me viram saíram correndo atrás de mim, mas consegui fugir deles, mas sabia que quando chegasse a minha casa tudo lá mudaria, pois agora meus pais teriam que enxergar a minha opção sexual, cheguei de manhã, entrei em casa quando abri a porta meus pais que já estavam a minha espera, foi aí que eu contei para eles que eu era uma pessoa diferente e o que tinha acontecido comigo quando eu ainda era uma criança.
Minha mãe nervosa chegou a falar “Eu prefiro ter um filho ladrão do que um Gay como filho” meu pai só queria me bater.
Fiquei proibido de sair de casa só podia sair se fosse alguém comigo a única hora que eu podia sair só era a hora de ir ao trabalho não podia nem se quer ficar na frente de casa, pois os garotos logo que me viam gritavam “Olha o Gay, o viado, a bixinha” e meus pais se irritavam mais comigo, mas fazer o quê? Eu não queria ser diferente, mas era e teria que conviver com isso. Para não escutar isso me lembro que algumas vezes tive que pular o muro de casa para poder sair sossegado, era tão humilhante, minha mãe se revoltava cada vez mais comigo ela chegou a procurar um médico e ele a disse que isso era sem-vergonhice aí que ela se revoltava cada vez mais comigo, mas eu não tinha culpa.
Não conseguindo mais viver do jeito que estava vivendo resolvi que iria embora de casa, pois eu iria correr atrás da minha Felicidade e encontrar alguém ou sei lá (Um príncipe encantado).
Eu aproveitava enquanto meus pais saiam para trabalhar eu comecei a levar aos poucos todas as minhas roupas para a rodoviária e colocava-as no guarda volume, quando terminei de levar todas elas esperei que meus pais retornassem do trabalho quando eles chegaram eu os disse que iria embora de casa. Minha mãe não acreditou foi até ao quarto quando abriu a porta do guarda-roupa e viu que minhas coisas não se encontrava mas ali, foi nesse momento que ela viu que eu, um adolescente estava realmente falando sério começou ela a chorar e me disse “Meu filho não vá embora” você vai sofrer no mundo e eu à respondi “Vou sim minha mãe,vou atrás de minha Felicidade, quero ser Feliz”.
Meu pai durão me disse “Você quer ir então está bem vou levá-lo a rodoviária”. Chegando lá na hora que eu estava embarcando olhei para trás e vi uma coisa a qual eu nunca tinha visto antes meu pai o durão chorando e nesse momento ele me disse “meu filho se você esta indo embora pelo que você é fique eu te aceito do jeito que você é!”.
Mesmo ouvindo isso da boca de meu pai eu o disse ”Não eu quero ir, quero ser feliz, vou a busca da minha Felicidade”.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
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